Cultura

Celso Borges e Luis Capucho na Bahia

Autores participam do projeto Arte da Palavra da Rede SESC de leituras

Os autores Celso Borges (Maranhão) e Luis Capucho (Rio de Janeiro) estão na Bahia para uma série de atividades na programação do projeto Arte da PalavraRede SESC de Leituras, um circuito atuante em todas as regiões do país que estimula a formação de leitores e a divulgação de novos autores, além de valorizar obras e escritores brasileiros e as novas formas de produção e fruição literária. Com um circuito de autores e outro de apresentações que privilegiam a oralidade, o projeto pretende que diversas possibilidades de manifestações literárias sejam contempladas.

Como ação de complemento formativo é oferecido também um circuito voltado para a reflexão e criação literária. Em curadoria coletiva, realizada por especialistas do SESC de todo o país, são selecionados os artistas que participam do projeto.

Obras de autores em debates nas escolas parceiras

As obras dos autores participantes são divulgadas junto às escolas parceiras, bem como em clubes de leitura desenvolvidos em cada localidade. Desse modo, quando ocorrem os encontros nas escolas e Unidades, parte do público já tem conhecimento do autor e das obras abordadas, enriquecendo o debate.

Programação Bate-papo literário

A programação foi aberta nesta segunda-feira (8) em Salvador, com os autores Celso Borges, do Maranhão e Luis Capucho, do Rio de Janeiro. Eles estiveram às 9h no Colégio Alípio França e às 15h no Teatro SESC-SENAC no Pelourinho. Na quarta-feira (10) a dupla se apresenta às 9h30 e às 14h30 no SENAC do Shopping Itaguary, de Santo Antônio de Jesus. Já na sexta-feira (12) os encontros estão marcados para 10h00 no Colégio Estadual José Ferreira Pinto e às 19h30 no Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, ambos em Feira de Santana, encerrando a programação.

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Jornalista, poeta, escritor e compositor, o maranhense Celso Borges tem parcerias com o conterrâneo Zeca Baleiro

Sobre Celso Borges

Poeta, jornalista e letrista de São Luís (MA). Parceiro de Chico César, Criolina, Gerson da Conceição, Assis Medeiros, Nosly e Zeca Baleiro, tem 11 livros de poesia publicados, entre eles Pe lo avesso (1985); Persona non grata (1990); NRA (1996), XXI (2000), Música (2006) e Belle Époque (2010), os três últimos no formato de livro-CD, com a participação de mais de 50 artistas brasileiros.

No final dos anos 90, inicia pesquisa que reúne poesia e música, com referências que vão da música popular brasileira às experiências sonoras de vanguarda e cultura popular. O resultado dessa aproximação levou o artista a desenvolver projetos no palco a partir de 2005, o primeiro deles, Poesia Dub, com o DJ e pesquisador Otávio Rodrigues; em seguida vieram A Posição da Poesia; Oposição, com o guitarrista Christian Portela e o percussionista Luiz Claudio; Sarau Cerol e A Palavra Voando, com o compositor Beto Ehongue; e Letralerta, com o percussionista Isaías Alves. Esses projetos foram apresentados no Tim Festival (SP-2004); Baile do Baleiro (SP-2004); Festival Londrix (Londrina-2006); Catarse (Sesc Pompéia-2009) e Outros Bárbaros (Itaú Cultural, SP- 2005 e 2007), além de eventos literários no Rio de Janeiro, Fortaleza, Teresina, Natal, São Luís e Montes Claros.

Em maio de 2009, Celso Borges dividiu o palco com Zeca Baleiro no projeto Parcerias: A voz da poesia, promovido pela biblioteca Alceu Amoroso Lima, em São Paulo. Num papo descontraído, os dois artistas contaram a história de algumas de suas mais de 20 parcerias e de como começaram a compor juntos, nos anos 1980, em São Luís.

Celso Borges tem poemas publicados nas revistas de arte e cultura Coyote e Oroboro, Poesia Sempre, Germinal etc e já ministrou oficinas de poesia em São Luís, Imperatriz (MA) e Palmas (TO). Foi co-editor das revistas culturais Guarnicê (1983/1986), Uns & Outros (1984/1987) e Pitomba! (2011/2014) e curador da Feira do Livro de São Luís (2013/2014). Apresentou na Rádio Uol (2010/2011) o programa Biotônico ao lado de Zeca Baleiro e do DJ Otávio Rodrigues.  Com o compositor maranhense co-produziu o CD A Palavra Acesa de José Chagas (2013). Quatro anos depois, homenageou outra grande poeta maranhense, Bandeira Tribuzi, produzindo Pão Geral – Tributo a Tribuzi. Os dois discos tiveram a participação de vários artistas brasileiros.

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O múltiplo Luis Capucho dividi-se entre a pintura, literatura e a música. Tem canções gravadas por dezenas de artistas, entre eles Cassia Eller

Sobre Luis Capucho

Compositor, escritor, cantor e violonista. Nascido em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, radicou-se na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro desde 14 anos de idade. Em 1988, graduou-se em Letras pela Universidade Federal Fluminense. Voltou à mesma instituição acadêmica em 2010, para pós-graduação em Leitura e Produção de Texto.  Participante da mesma safra de artistas em que surgiram Pedro Luis e Arícia Mess, é incluído nos anos 90 pela imprensa paulista num movimento chamado de “Retropicalismo”.

Em 1993, teve o primeiro registro como compositor, com a gravação de suas canções “Maluca” e “Minha casa é um céu” por Rita Peixoto e Carlos Fuchs. Em 1996, estreou como cantor com a canção “O amor é sacanagem”, de sua autoria, no CD coletivo “Ovo”, ao lado de Arícia Mess, Suely Mesquita, Pedro Luís, Mathilda Kóvak, Fred Martins e Rodrigo Campello, entre outros. Em 1997, Pedro Luís e a Parede incluíram no CD “Astronauta Tupy” sua música “Máquina de escrever” (com  Mathilda Kóvak). Nesse mesmo ano, Daúde gravou “Romena”, de sua parceria com Suely Mesquita.

Em 1999, Cassia Eller gravou sua canção “Maluca” no CD “Com você meu mundo ficaria completo”. Nesse mesmo ano, sua música “Máquina de escrever” (com Mathilda Kóvak) recebeu regravação no CD “Ah!”, de Patrícia Amaral. Também em 1999, publicou o romance “Cinema Orly” pela Editora Interlúdio. Em 2000, Eleonora Falcone gravou no CD “Apetite” suas músicas “Me atende” (parceria com Suely Mesquita), “Bruto” e “Destruição”, além de “Michel Jackson usa batom”, também parceria de ambos.

No ano seguinte, Suely Mesquita incluiu no repertório do CD “Sexo Puro” a canção “Aristocracia”, parceria de ambos. Também em 2001, Rita Peixoto e Carlos Fuch gravaram sua composição “Dominus” (com Marcos Sacramento) no CD “Na minha cara”. Em 2003, lançou seu primeiro CD, “Lua singela” (Astronauta Discos), contendo suas canções “Bengalinha”, “Sucesso com sexo”, “Algo assim” e “Máquina de escrever”, todas com Mathilda Kóvak, “Fonemas”, “Ponto máximo” e “Íncubos”, todas com Marcos Sacramento, “Vai querer?” (com Suely Mesquita), “Os bichinhos”, “Maluca”, “A vida é livre” e a faixa-título. O disco foi produzido por Paulo Baiano.

Em 2004 faz shows em cidades da Austria a convite da Ong MAIZ. Wado grava sua parceria com Suely Mesquita: “Vai Querer?”. Em 2005, foi o vencedor do prêmio Arco-íris dos Direitor Humanos, na categoria Literatura, com seu livro “Cinema Orly”. No ano seguinte, foi escalado para o projeto “Pauta Funarte de Música Brasileira”. Em 2007, lançou seu segundo romance, “Rato” pela Editora Rocco . Nesse mesmo ano, Clara Sandroni registrou no CD “Cassiopéia” sua canção “O amor é sacanagem”. Em 2010, Cristina Braga incluiu sua música “Peixe” no repertório do CD “Feito um peixe”.

Lança em 2012, o CD “Cinema Íris”, pelo selo Multifoco, contendo suas composições inéditas “A música do sábado” (com  Kali C.), “Os gestos das mulheres” (com Mathilda Kóvak), “Atitudes burras”, “Céu”, “A expressão da boca”, “Eu quero ser sua mãe”, “O motorista do ônibus”, “Para pegar”, “Pessoas são seres do mal”, “Parado aqui” e a faixa-título, além de “Romena” (com Suely Mesquita), gravada anteriormente por Daúde, e “Peixe”, gravada anteriormente por Cristina Braga. Nesse mesmo ano, lança o livro “Mamãe me adora” pelo selo Edições da Madrugada. Em 2012 foi também selecionado pro Festival Catarse, em São Paulo e participou do 1º Encontro de escritores de literatura com temática gay na Fnac da Barra. Em 2013, apresenta-se na calourada dos cursos de humanas da Unicamp e leva o show para as cidades de Vitória, Belo Horizonte e São Paulo. Em 2014, gravado no estúdio Tomba Records, faz crowdfunding e lança Poema Maldito, apenas voz e violão, com intervenções de Felipe Castro, produtor do disco. Inicia as gravações de Peixe, um documentário ficcional de Rafael Saar, a partir de sua obra lítero-musical. Em 2015, participa como compositor e como escritor do II Seminário Internacional Desfazendo Gênero, em Salvador, BA.

Em 2016, tem sua obra lietrária e musical encenada pelo grupo de teatro Prática de Montação no espetáculo Cabeça de Porco, dirigido por Diêgo Deleon. O cantor e compositor Bruno Cosentino grava Homens Flores ( com Marcos Sacramento), Gustavo Galo grava Para Pegar e Ju Martins grava Eu quero ser sua mãe. Capucho participa do disco de Rogério Skylab, Desterro e Carnaval, na faixa Deixa. Apresenta-se no 1º Festival Amálgama Brasis.

Em 2017, lança em São Paulo, pela È selo de língua – editora É, o seu quarto livro – Diário da Piscina. E é homengeado pela Câmara Municipal de Niterói, com a medalha José Cândido de Carvalho. O prêmio é oferecido aos que contribuem com a cultura da cidade, que em Capucho, se liga à sua contribuição para a identidade e direitos LGBTs. Bruno Cosentino grava Eu quero ser sua mãe. Mantém na internet o “Blog Azul”.

 

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Jorge Thadeu

Jornalista (DRT/Mtb 839) graduado pela Universidade Federal do Maranhão - UFMA, com especialização em Edição de Texto pela UniGlobo/RJ. Experiência em Telejornalismo, Jornalismo Impresso, Webjornalismo, vivência na área de Comunicação Corporativa, Mídias Digitais, execução de projetos de Comunicação e Assessoria de Imprensa.

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